quarta-feira, 29 de julho de 2009

Amiga - Shadow of the Beast (1989)



Amiga - Shadow of the Beast (1989)


Estilo: Plataforma 2D

Plataforma principal: Commodore Amiga

Empresa: Psygnosis

Programado por: Reflections Interactive (Martin Edmondson e Paul Howarth)

Música: David Whittaker


O Commodore Amiga foi um dos poucos computadores que eu só tive contato bem depois do seu lançamento. Sendo um sistema de 16 bits, as possibilidades gráficas dele eram bem superiores das do Commodore 64, do Master System e do Nes e isso me causava certa inveja (no bom sentido). Mas como já tinha um Atari ST e logo depois teria um Mega Drive, a vontade de ter o Amiga sempre foi controlada.


Porém, principalmente após 1989, o Amiga começaria a lançar clássicos atrás de clássicos, e Shadow of the Beast foi um dos primeiros jogos a realmente mostrar o quanto poderoso este computador era. Os gráficos, além de muito bem desenhados, eram acompanhados de 13 camadas de Parallax, ou seja, camadas independentes que se moviam em velocidades diferentes, dando uma intensa noção de profundidade, separando o fundo da tela (background) de sua frente (foreground). Realmente até hoje esse efeito, quando bem realizado, causa certo encantamento. Paul Howarth na verdade tinha feito uma demonstração gráfica, sem personagens, só para testar a capacidade do Amiga. Quando os executivos da Psygnosis viram o programa, caíram para trás espantados com a qualidade e desesperadamente pediram que ele transformasse o demo gráfico em um jogo.


A história do game é de vingança genérica, mas de certa forma interessante. Uma criança chamada Aarbron foi raptada e transformada em um monstro (beast) através de magia negra para servir o poderoso Lord Maletoth. Sua memória retorna ao ver o pai ser assassinado, o que o motiva para uma jornada de vingança.


O jogo foi portado para inúmeros outros consoles e computadores, inclusive para o Sega Master System, Super Nintendo, Commodore 64 e Mega Drive. Porém, a versão original para o Amiga ainda é a superior, só sendo ameaçada pelas versões do FM Towns (um computador japonês da Fujitsu) e do Turbografx 16 / Pc Engine (um dos meus consoles preferidos) que vinham em Cd-rom. Shadow of the Beast teve duas continuações que melhoraram bastante o aspecto da jogabilidade e avançou a história de Aarbron, transformando-o em um semi-humano e depois em um humano. No entanto, o impacto realmente só foi significativo no primeiro jogo da série.


Pros:

- Os gráficos são de encher os olhos, principalmente quando se combinam com o efeito de Parallax.

- A trilha sonora da versão do Amiga está as maiores de todos os tempos. No meu site principal eu fiz uma lista das 15 maiores trilhas sonoras da história dos videogames. Dê uma conferida.

- A capa do jogo foi desenhada pelo lendário desenhista Roger Dean, que entre outras qualidades foi o criador das clássicas capas viajantes dos discos do Yes!


Contras:

- O jogo é praticamente impossível. Concordo que muitos jogos de plataforma da época eram bem difíceis até para fazer o seu dinheiro valer a pena, pois os programas eram menores e a duração do jogo também. Porém, Shadow of the Beast extrapola. Faltou um equilíbrio melhor na jogabilidade. A versão do Mega Drive, a que eu inutilmente alugava quase todo final de semana para "zerar" é ainda mais insana de difícil.


Rating: 7/10